O foco é garantir o acesso contínuo e seguro à água às comunidades quilombolas e de pescadores artesanais da zona rural — incluindo Beira Córrego, Casa Nova, Córrego de Areia, Retiro dos Moreiras e Três Barras. O projeto prevê:
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Adequação de poços artesianos já existentes;
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Construção de novos reservatórios;
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Instalação de sistemas simplificados de tratamento de água, de acordo com as necessidades específicas de cada local
Geovana Santos, superintendente Central de Reparação Pró‑Brumadinho da Seplag-MG, destacou a importância da escuta ativa no desenvolvimento dessas ações. “As soluções partem de demandas reais e consideram as especificidades locais, com o apoio técnico do Poder Público” .
O projeto está inserido no Anexo I.3 do acordo, que abrange os PCTs e foi definido coletivamente entre as comunidades, prefeituras e órgãos responsáveis, como o Ministério Público (MPMG), MPF e Defensoria Pública.
Conforme relatou o líder comunitário Juliano Cunha, da comunidade de Córrego de Areia, “trata‑se de um projeto de saúde e dignidade. É urgente que saia do papel”.
Contexto do Acordo de Reparação
O Anexo I.3 destina-se a fortalecer serviços públicos, como acesso à água potável, em 26 municípios da bacia. Já o Anexo I.1 trata de demandas específicas das comunidades, incluindo projetos de microcrédito.
Próximos passos
Seguindo as decisões da Consulta Popular, a Seplag-MG, em parceria com os órgãos compromitentes, dará início às obras de perfuração e adequação dos sistemas de abastecimento em Fortuna de Minas. O acompanhamento será realizado com transparência, com informações compartilhadas nos canais oficiais do governo.